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Mercado de Internet das Coisas (IoT) para cidades inteligentes vai crescer 18% até 2027

Relatório aponta que setor de IoT em cidades inteligentes alcançará US$ 347 bilhões em cinco anos; Brasil também deverá atrair

A Internet das Coisas (IoT) contempla dispositivos que usam uma conexão com a internet para se comunicar e interagir com outras pessoas e podem ser monitorados e controlados remotamente. Essa tecnologia está presente em cidades inteligentes que buscam soluções para gerenciar melhor o tráfego, regular a poluição e fazer melhor uso da infraestrutura e atendimento do cidadão. Trata-se de um mercado bilionário que envolve milhares de empresas e o poder público.

Segundo relatório recém divulgado pela francesa ReportLinker, o Mercado de IoT para smart cities terá taxa de crescimento anual composto (CAGR) de 18,8% até 2027. Daqui a cinco anos, a previsão é que esse negócio movimente cerca de US$ 347 bilhões em todo o

mundo. O documento aponta os Estados Unidos com o principal mercado desse campo no continente. Contudo também haverá protagonismo de cidades brasileiras.

Na avaliação de Leandro Garcia, presidente da Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras (Anciti Brasil), um dos fatores que fará crescer o mercado de IoT no Brasil é justamente o número crescente de projetos de smart cities no país. O próprio crescimento da entidade no número de filiadas demonstra a expansão desses projetos, desde cidades pequenas às grandes capitais.

“Há uma grande demanda por soluções inovadoras nas cidades, desde a redução da burocracia no atendimento ao cidadão até a redução de emissões de poluentes e gerenciamento do tráfego. A aquisição dessas ferramentas e dispositivos fará parte do plano de investimentos do poder público de forma crescente nos próximos anos. Logo, também o Brasil está inserido no contexto IoT em Smart Cities”, comenta.

Mercado de IoT é extremamente promissor para smart cities, revela relatório

Mercado de IoT é extremamente promissor para smart cities, revela relatório

A implantação de IoT em cidades inteligentes exige grandes investimentos iniciais e esse movimento já é percebido Anciti. Grandes bigh techs, como Microsoft, IBM e Google têm fechado convênios para suprir a demanda. A entidade tem atuado para diminuir custos através da parceria entre cidades que buscam a mesma solução. O relatório da ReportLinker elenca as empresas apresentadas, como IBM, Schneider Electric, Siemens, Microsoft, Intel Corporation, Hitachi e Huawei. A chinesa, inclusive, é citada para o Brasil, após ter feito parceria com a Laiye para desenvolver computação em nuvem e inteligência artificial (IA) no país. Esses fornecedores de tecnologia estão sendo convidados a contribuir com a infraestrutura para cidades inteligentes e os custos são um desafio para o país.

“A aquisição de dispositivos conectados para infraestrutura é bastante onerosa e em muitos casos é preciso esclarecer ao Legislativo e Ministério Público a importância desse investimento. Em outras situações, é possível estabelecer parceria-público privada para reduzir o gasto público. Mas esse esforço vale a pena: além de fomentar o mercado de tecnologia, tanto para as big techs quanto para startups e empresas brasileiras, gerando investimento e atraindo empregos locais, o cidadão é o maior beneficiado com soluções que facilitam e melhoram a qualidade de vida”, aponta Leandro Garcia.

A implementação de IoT nas cidades poderá proporcionar uma nova experiência para os moradores, tornando a vida cotidiana mais confortável e segura. Além de resolver questões ligadas ao trânsito, melhoria do acesso à água, ar limpo, saneamento e gerenciamento de resíduos podem ser beneficiados com a Internet das Coisas.

Sobre a Anciti

A Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras (Anciti Brasil) reúne quase 50 municípios em praticamente todo o território nacional, incluindo capitais como Belo Horizonte, São Paulo, Recife, Natal, Salvador, Porto Alegre, além de cidades já conhecidas pelo seu investimento em tecnologia, como Santa Rita do Sapucaí. O objetivo da entidade é promover a troca de experiência, sinergia de compras e a transferência de tecnologia para melhorar o atendimento ao cidadão.

Cidades precisam aprovar Lei de Antenas para garantir Internet 5G

Bem menor que a geração anterior, antena 5G precisa ser regulamentada pelas prefeituras; 12 capitais ainda não atualizaram legislação

A tecnologia 5G é a grande aposta para revolucionar a comunicação e ampliar serviços para cidades inteligentes. Contudo, para garantir o acesso à essa tecnologia, os municípios precisam atualizar a Lei Geral de Atenas para receber os novos dispositivos da Internet 5G. Das capitais brasileiras, 12 ainda não atualizaram a legislação e o prazo termina em julho. Quem se atualizar primeiro poderá contar antes com todos os benefícios da tecnologia.

É o caso de Santa Rita do Sapucaí, que foi a primeira cidade de Minas Gerais a atualizar sua legislação. Filiada à Associação Nacional das Cidades Inteligentes (Anciti Brasil), publicou a lei em novembro de 2021, pouco após o leilão do 5G. O secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico da cidade, Públio Teles, a alteração é simples, mas é necessário cuidados para evitar regras desnecessárias.

“Todo município deve ter uma lei que regulamenta a instalação de antenas de telecomunicações em seu território. É uma alteração simples, mas que precisa ser atualizada dentro das normas definidas pela Anatel”, afirma Públio Teles, que é diretor de Inovação da Anciti. O secretário conta que a legislação na cidade obrigava distância de 500 m entre as antenas, o que inviabiliza a nova tecnologia.

Isso porque, enquanto o sinal da tecnologia 4G anteriores necessitava de enormes torres, o 5G tem instalação mais simples. Na geração anterior, as antenas eram tratadas como ‘edifícios’, sua instalação exigia regras condicionadas a parâmetros urbanísticos, com imposições de distanciamento ou largura mínima de ruas. Já as antenas 5G são pequenas, algumas do tamanho de uma caixa de sapato. Porém, será necessário um maior número de dispositivos para garantir uma boa conexão. Assim, todas as 5.570 cidades brasileiras precisam atualizar sua legislação.

Antena 5G da Nokia: dispositivo com dimensões menores não exige instalação em torres próprias (Foto: Nokia/Divulgação)

“A tecnologia 5G possibilita que a velocidade do tráfego de informações seja muito maior e mais ágil, porém a área de cobertura das antenas é menor do que as antenas atuais”, explica. O secretário conta que foi necessário diálogo com vereadores e população sobre a novidade, o que facilitou a tramitação. “As antenas e equipamentos 5G são certificados pela Anatel o que garante que não interferem na saúde dos seres vivos e nem nos equipamentos existentes nas proximidades”, afirma.

Prazos de Lei de Antenas

As capitais brasileiras devem estar preparadas para lançar a internet 5G para a população até 31 de julho deste ano, conforme previsto no edital da Anatel. Essas cidades precisam oferecer, no mínimo, uma antena para cada 100 mil habitantes. O edital possui metas fixadas ano a ano para levar gradualmente a cobertura a todo o país. No caso de 100% dos municípios, o prazo vai até 2029. Mas a cidade que se antecipar, poderá receber primeiro a tecnologia.

“A tecnologia 5G por ser mais rápida e ágil irá proporcionar um novo salto tecnológico em todos os sistemas e aplicações vinculadas a telefonia celular. Aplicativos irão evoluir, a oferta de serviços irá aumentar e novas possibilidades de negócio e desenvolvimento serão oferecidas”, aponta o diretor da Anciti.

Técnicos instalam antena da Ericsson na Austrália (Foto: Ericsson/Divulgação)

Sobre a Anciti

A Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras (Anciti Brasil) reúne quase 50 municípios em praticamente todo o território nacional, incluindo capitais como Belo Horizonte, São Paulo, Recife, Natal, Salvador, Porto Alegre, além de cidades já conhecidas pelo seu investimento em tecnologia, como Santa Rita do Sapucaí. O objetivo da entidade é promover a troca de experiência, sinergia de compras e a transferência de tecnologia para melhorar o atendimento ao cidadão. *Relação feita através de consulta nos sites oficiais das câmaras e prefeituras de capitais

Pagamento de IPTU com criptomoeda pode chegar a mais cidades

Filiada à Anciti, prefeitura do Rio de Janeiro pretende ser a primeira cidade do Brasil a aceitar criptoativos no pagamento de tributos. NFTs também estão no radar

Bitcoin e ethereum são as maiores e principais criptomoedas

Rio de Janeiro anunciou que vai receber o pagamento do IPTU 2023 através de criptomoedas. Trata-se da primeira cidade brasileira a utilizar desse tipo de ativo digital. A capital fluminense é uma das filiadas da Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras – Anciti Brasil.

O anúncio do uso de criptomoedas no pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) aconteceu durante o evento “Criptoatividade Carioca”. A ideia é que a prefeitura receba 100% do valor dos impostos arrecadados em moeda corrente, e ofereça mais uma forma de pagamento aos contribuintes.

Para a operação, foi criado o Comitê Municipal de Criptoinvestimentos (CMCI), que vai desenvolver e refinar uma metodologia, além de viabilizar investimento de recursos em criptoativos. Sobre o IPTU, uma empresa será contratada para receber o pagamento em cripto, que será convertido e repassado aos cofres públicos em real.

“O assunto ainda é polêmico, mas os criptoativos chegaram para ficar. O Bitcoin, por exemplo, já tem 13 anos; outras criptomoedas e NFTs mostram-se muito promissores e perenes. Vemos como uma evolução natural o poder público adotar essas novidades como forma de melhor atender o munícipe. Tokens podem ser criados para bilhete de ônibus e outros serviços, por exemplo”, comenta o presidente da Anciti, Leandro Garcia.

Além do pagamento do IPTU, o Rio de Janeiro também pretende investir no lançamento de NFTs, que são tokens não fungíveis, que poderão ser comercializados. A cidade vai fazer uma audiência pública para o recebimento e apresentação de sugestões da sociedade civil para o desenvolvimento de NFTs da cidade do Rio. A ideia é lançar uma série com pontos turísticos da cidade.

Para a Anciti, os projetos do Rio de Janeiro são precursores de outras iniciativas que deverão acontecer em todo o país. “A proposta do Rio de Janeiro em receber o IPTU através de criptomoedas será a precursora de medidas semelhantes em diversas outras cidades, de pequenas a grandes metrópoles. A capital fluminense é um das afiliadas da Anciti; a sinergia entre as cidades poderá facilitar adoção da medida em outros lugares do Brasil”, pontua Leandro Garcia. O uso de criptomoeda pela capital fluminense evoluiu a partir do relatório feito por um grupo de trabalho envolvendo as secretarias de Fazenda e Inovação. Uma ideia levantada era de até criar uma criptomoeda própria. O objetivo central é criar um ecossistema para o desenvolvimento de um mercado sólido dessa nova classe de ativos. “O universo de criptomoedas é mais um importante segmento com um grande potencial de desenvolver ainda mais a economia do Rio, nessa área de inovação e tecnologia – afirmou o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio, Chicão Bulhões.

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