anciti.org.br

Pagamento de IPTU com criptomoeda pode chegar a mais cidades

Filiada à Anciti, prefeitura do Rio de Janeiro pretende ser a primeira cidade do Brasil a aceitar criptoativos no pagamento de tributos. NFTs também estão no radar

Bitcoin e ethereum são as maiores e principais criptomoedas

Rio de Janeiro anunciou que vai receber o pagamento do IPTU 2023 através de criptomoedas. Trata-se da primeira cidade brasileira a utilizar desse tipo de ativo digital. A capital fluminense é uma das filiadas da Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras – Anciti Brasil.

O anúncio do uso de criptomoedas no pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) aconteceu durante o evento “Criptoatividade Carioca”. A ideia é que a prefeitura receba 100% do valor dos impostos arrecadados em moeda corrente, e ofereça mais uma forma de pagamento aos contribuintes.

Para a operação, foi criado o Comitê Municipal de Criptoinvestimentos (CMCI), que vai desenvolver e refinar uma metodologia, além de viabilizar investimento de recursos em criptoativos. Sobre o IPTU, uma empresa será contratada para receber o pagamento em cripto, que será convertido e repassado aos cofres públicos em real.

“O assunto ainda é polêmico, mas os criptoativos chegaram para ficar. O Bitcoin, por exemplo, já tem 13 anos; outras criptomoedas e NFTs mostram-se muito promissores e perenes. Vemos como uma evolução natural o poder público adotar essas novidades como forma de melhor atender o munícipe. Tokens podem ser criados para bilhete de ônibus e outros serviços, por exemplo”, comenta o presidente da Anciti, Leandro Garcia.

Além do pagamento do IPTU, o Rio de Janeiro também pretende investir no lançamento de NFTs, que são tokens não fungíveis, que poderão ser comercializados. A cidade vai fazer uma audiência pública para o recebimento e apresentação de sugestões da sociedade civil para o desenvolvimento de NFTs da cidade do Rio. A ideia é lançar uma série com pontos turísticos da cidade.

Para a Anciti, os projetos do Rio de Janeiro são precursores de outras iniciativas que deverão acontecer em todo o país. “A proposta do Rio de Janeiro em receber o IPTU através de criptomoedas será a precursora de medidas semelhantes em diversas outras cidades, de pequenas a grandes metrópoles. A capital fluminense é um das afiliadas da Anciti; a sinergia entre as cidades poderá facilitar adoção da medida em outros lugares do Brasil”, pontua Leandro Garcia. O uso de criptomoeda pela capital fluminense evoluiu a partir do relatório feito por um grupo de trabalho envolvendo as secretarias de Fazenda e Inovação. Uma ideia levantada era de até criar uma criptomoeda própria. O objetivo central é criar um ecossistema para o desenvolvimento de um mercado sólido dessa nova classe de ativos. “O universo de criptomoedas é mais um importante segmento com um grande potencial de desenvolver ainda mais a economia do Rio, nessa área de inovação e tecnologia – afirmou o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio, Chicão Bulhões.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo